"Tenho meu diário como registro de dores, de sentimentos que sufocam e ferem, desejos que ardem silenciosos, túmulo de paixões, registro de abismos e infinitos...
Esse é o meu diário, e garanto: ele lateja!"
O Diário de Mória - Deus no Hospício
de Alessandro Palmeira
Como se o poeta pudesse descrever o porquê de um diário...tá aí, nada mais óbvio.
Passo uns tempos sem escrever, mas confesso que só tiro aquele nó da garganta se escrevo. Talvez por isso mantenho diários desde os meus 15 anos. Já faz um tempo, é verdade, uma gaveta inteira lotada de pequenos diários, cheios de cores, formas, sentimentos, bilhetes, fotos antigas, dor e alegria. Ah se eles pudessem falar...
Se bem que eles falam e muito, só não podem ser ouvidos por todos, apenas por mim, que tenho acesso e sei traduzir exatamente cada emoção neles contida.
É engraçado, mas sempre fui muito tímida, e sentia dificuldade em me espressar, daí achei essa alternativa, alguém com quem podia conversar, me abrir, além do meu travesseiro. E acabei descobrindo que depois de alguns anos é bom voltar ao passado e fazer uma análise do que mudou, como cresci, quanto amadureci...
Ruim é perceber que muita coisa era melhor antigamente...isso dói. Sentir saudades de um tempo que não volta mais. Engraçado como podemos nos mostrar, nos despir, para uma simples folha de papel que muitos acham tão ridículo, "coisa de quem não tem o que fazer"... já ouvi muito isso... rs
Mas continuo escrevendo, é bom, me faz sentir melhor comigo mesmo e com o mundo que me cerca.
Um comentário:
Mais uma satisfação. Grato. Abraços.
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