terça-feira, 11 de março de 2014

DESABAFO

Preciso escrever...caso contrário sinto que vou explodir. Estou muito, mas muito arrasada. Meu pit bul Ziron entregou os pontos, está sendo vencido pelo câncer. Não há mais o que fazer. O veterinário achou mais humano sacrificá-lo, não adianta mais prolongar seu sofrimento. Hoje a tarde resolvi me despedir, venho adiando esse momento há dias, mas sinto que suas forças estão acabando e deixar pra depois pode ser tarde demais. Ele me olha com seus olhinhos tristes, não sei o que dizer pra um cachorro nessa hora. Meu amigo de 9 anos está partindo. O que fazer...sentir...falar...numa hora dessas...nada né...melhor calar, foi o que pensei e apenas acariciei seu pelo. Talvez ele saiba o que eu tô tentando dizer, infelizmente as palavras não saem, apenas lágrimas...amanhã tudo acaba, será eutanasiado e toda sua dor irá embora. Ficam as boas lembranças, uma certa culpa por não tê-lo demonstrado todo meu amor há tempo...não ter dado o melhor de mim ao longo de sua breve vida.



sábado, 7 de setembro de 2013

Perdendo o medo...

Depois de um bom tempo, voltei a pegar na direção. O medo ainda é grande...maior que eu...mas estou tentando aos poucos. Preciso vencer esse medo terrível que me deixa em pânico, mãos suadas, coração acelerado, parece até que vou pra forca. São coisas que vão se acertando aos poucos em minha vida. Pequenos detalhes que fazem toda a diferença.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Reflexão

Nossa, já faz um tempinho que não posto nada...rsrsrs
Mas acredito que nada mudou de lá pra cá. Isso realmente me causa um certo desespero.

Entre idas e vindas, alguns problemas de saúde me afastaram das telas, retomei, adoeci novamente, agora confesso que perdi um pouco a vontade de pintar. Diante de tantos altos e baixos melhor dar um tempo pros pincéis. A vida continua na mesma. Cansei de esperar por dias melhores...
Meu último feito foi uma tentativa desesperada de me emancipar. No começo me senti muito bem, aliviada por conseguir fazer alguma sozinha, de livre e espontânea vontade, mas o resultado foi drástico. Cobranças, acusações, desconfiança...foi só o que consegui gerar. Obviamente fiquei arrasada...Cheguei a conclusão de que anos de convivência não querem dizer nada. Talvez eu nunca conheça verdadeiramente as pessoas que estão ao meu lado. Estou na dúvida agora se conheço a mim mesma...

Entrei de vez naquela fase: esperar pra ver o que acontece. Nada de planos. Não estou sendo pessimista  apenas realista. Mas tenho um pinguinho de esperança, afinal, até mesmo os cactos têm flores.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

...Se eu acredito no amor?


A M O R ...

Como poderia eu não acreditar nesta palavra cheia de vida e de luz... Logo eu que rodeada sou de amor, uma eterna apaixonada.

Se bem que amor e paixão são coisas distintas, paixão dura um verão, amor dura a vida inteira. Ninguém deixa de amar alguém. Não importa o que aconteça, apenas se camufla o sentimento tentando alimentar outro mais fortemente, seja com ódio, saudade ou um novo amor. Mas ele continua lá derramando lágrimas, palpitando o coração, remoendo lembranças que não voltam mais.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

diário...

"Tenho meu diário como registro de dores, de sentimentos que sufocam e ferem, desejos que ardem silenciosos, túmulo de paixões, registro de abismos e infinitos...
Esse é o meu diário, e garanto: ele lateja!"
O Diário de Mória - Deus no Hospício
de Alessandro Palmeira

Como se o poeta pudesse descrever o porquê de um diário...tá aí, nada mais óbvio.

Passo uns tempos sem escrever, mas confesso que só tiro aquele nó da garganta se escrevo. Talvez por isso mantenho diários desde os meus 15 anos. Já faz um tempo, é verdade, uma gaveta inteira lotada de pequenos diários, cheios de cores, formas, sentimentos, bilhetes, fotos antigas, dor e alegria. Ah se eles pudessem falar...
Se bem que eles falam e muito, só não podem ser ouvidos por todos, apenas por mim, que tenho acesso e sei traduzir exatamente cada emoção neles contida.

É engraçado, mas sempre fui muito tímida, e sentia dificuldade em me espressar, daí achei essa alternativa, alguém com quem podia conversar, me abrir, além do meu travesseiro. E acabei descobrindo que depois de alguns anos é bom voltar ao passado e fazer uma análise do que mudou, como cresci, quanto amadureci...

Ruim é perceber que muita coisa era melhor antigamente...isso dói. Sentir saudades de um tempo que não volta mais. Engraçado como podemos nos mostrar, nos despir, para uma simples folha de papel que muitos acham tão ridículo, "coisa de quem não tem o que fazer"... já ouvi muito isso... rs

Mas continuo escrevendo, é bom, me faz sentir melhor comigo mesmo e com o mundo que me cerca.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Hoje estou me sentindo meio abandonada... Mãinha viajou pra Sampa e não tem data pra voltar. Estou torcendo pra que ela se divirta muito, aproveite o máximo a viagem mas tb estou pedindo pra que passe rápido, que a saudade bata forte ela volte logo.
Vai ser uma experiencia e tanto ficar longe dela, desde que me entendo de gente nunca nos separamos. Foi ruim vê-la pegar a mala entrar no carro e partir. Dá uma sensação ruim de que nunca mais vou vê-la... Ela saiu chorando e eu fiquei com o coração em pedaços.
Mas vai ser bom pra nós duas. Espero que aprendamos com a distância...
No fundo dá uma certa inveja porque queria ir tb... mas aguardo anciosa pela volta, pelas histórias que com certeza ela trará... vamos dar belas gargalhadas, eu sei.

domingo, 13 de julho de 2008


Meu bebê está cada dia mais sapeca. E eu cada dia mais apaixonada por ele. Tb pudera com essa carinha de sapeca quem não se apaixona?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Dia das Mães

Sempre adorei esse dia... Lembro que vovó me dava dinheiro pra eu comprar algo para mãinha e eu tinha uma criatividade ímpar: todo ano dava a mesma coisa, bichinhos de porcelana! kkkk Só mudava de bicho, é claro. Ao término de alguns anos lá estava a coleção inútil de bichinhos de porcelana que mãinha guardava como relíqueas. Ah vovó não ficava sem presentes, eu mesma fazia alguma coisinha de gesso, num ano era a inicial de seu nome, outro ano um bonequinho, pintava e colocava numa caixinha. Achei que ela jogasse fora depois de alguns dias, afinal eu mesma sabia que aquilo não era presente. Quando vovó se foi, eu abri seu guarda-roupas para pegar algumas fotografias velhas e roupas para doar, lá estava tudo guardado com muito carinho dentro de uma caixa no fundo do guarda-roupas. Meu Deus como chorei nesse dia... Agarrada aqueles pedaços de gesso pude perceber quanto minha vó me amava.

Os anos passaram. Casei. Engravidei. Ano passado passei o dia das mães com o maior barrigão, por algumas horas meu presente não foi Pedro. Ele nasceu na segunda-feira de manhã.

Só esse ano eu pude sentir na pele o que é dia das mães. Ou melhor, o que é ser mãe! Como é inesplicável essa palavra, quão grande é o seu valor. Não sei nem dizer ao certo, mas pude abraçar meu filho com tanto calor, tanta força, beijá-lo e agradecer a Deus por tê-lo comigo. Que serzinho tão especial. Pude abraçar minha mãe e compreender o que ela passou pra eu chegar até aqui. Quantas noites de sono? Quantas vezes abdicou seus sonhos para tornar os meus possíveis? Quantas e quantas vezes ficou preocupada comigo, com minha saúde, com meus estudos, com o meu bem estar? E quantas vezes chorou para me ver sorrir? Deus, que coisa tão bela criaste! Se fosse permitido que as mães não morressem nunca... Como seria bom. Hoje vejo minha mãezinha acariciar meu filho, sinto a ternura em suas mãos e ao mesmo tempo me imagino ali em seu colo indefesa, pequenina como há alguns anos atrás. Como é lindo ver refletido em meu filho o amor que também senti um dia, o mesmo colo, as mesmas mãos. Como diz o ditado: vó é mãe duas vezes! E mãe é tudo igual! Não sigamos ao pé da letra, afinal sou filha adotiva, mas tenho certeza que o mesmo amor que tenho por meu filho que saiu de dentro de mim, a minha mãezinha, mesmo adotiva, tem exatamente o mesmo amor por mim. Nestes termos, mãe é tudo igual, só muda de endereço!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Se você deixar

Meu filho,
Se você deixar...
Eu te amarei pelo resto de minha vida
Até mesmo quando as forças quizerem faltar;

Eu te carregarei no colo
nos momentos difíceis, onde tuas próprias pernas não puderem te levar;

Eu vou segurar tua mão e entrelaçar teus dedos entre os meus
erquer nossas mãos unidas para mostrar nossa força;

Te ensinarei o pouco que sei e prometo aprender contigo tudo que quizeres me ensinar
Sentaremos juntos pra ver seus desenhos favoritos, assim como um dia assistiremos meus filmes prediletos;

Vou te emprestar meus livros e te ensinarei a ler e brincar com as palavras
Quero te levar à escola e te ajudar nas tarefas;

Vou te emprestar meus pincéis e mostrar a beleza das cores
Faremos juntos nossas "obras de arte";

Vou te aplaudir sempre seja qual for o que escolheres pra ti
Professor, jogador, poeta, pintor ou quem sabe até pedreiro como seu avô;

Se você deixar
Também te defenderei com unhas e dentes
E se preciso for darei minha vida por você!

Sua mãe, Priscilla Silmara

quinta-feira, 10 de abril de 2008

De nada restou..

Frustrações...
Sonhos desfeitos, esperanças levadas ao vento.
Nada resta, só lágrimas secas que não podem correr.
O que aconteceu? Porque não aconteceu?
Onde se perdeu? O que sobreviveu?
...
São respostas que calam
São promessas desfeitas
São vazios que se preenchem de nada

Enfim, o nada.

A pergunta não pára:
Porque não aconteceu quando tinha que acontecer?
Porque teimar em querer recuperar o tempo perdido?
Refletir meus desejos num ser inocente,
Querer implantar-lhe a minha semente,
Ver nele realizado meus sonhos perdidos
... não podia ser diferente.

O nada restou.
E a vontade de calar
Gritar em silêncio
Varrer meus desejos
Apagar minha luz

e deixar somente nada.
Priscilla Silmara